''Satisfez-se com apenas dois ou três sorrisos irônicos que diziam nada mais do que somente o que ele queria saber. Estavam todos parados ali, olhando. Em sorrisos irônicos. Constariam, tempos depois, que ironizar nada mais é do que expor uma depressão contida, escondida e contínua, como água corrente em rios subterrâneos. E todos os sorrisos irônicos eram só uma comprovação em voz estridente de uma menina irritante. E apesar de tudo isso, nenhum deles sequer notava que eram eles quem estavam com as calças nas mãos. Eles é que estavam nus e desinibidos, e estavam assim completamente alheios a uma visão simplista do mundo. E mostravam sem querer ali tantas frustrações quanto se é possível mostrar. Tantos sorrisos de depressão que dilata os vasos quanto é possível. Tanta amargura quanto é possível aprender a ter. Tanto hipocrisia quanto é aconselhável beber.''
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