quinta-feira

Carol E As Estações(breve reflexão de outra historia)


Esta história originou o conto ‘enquanto os carros passam... ‘. É verídica.

Carol veio a meu encontro num dia qualquer das férias. Em julho.Era o verão mais quente dos últimos anos. Surpreendeu-me com sorrisos sem nexo e inocência sem fim. Fomos bem. Ela não era esperada, na verdade foi recebida sem muito apoio pelo próprio pai. Sorriamos e fazíamos de conta que os problemas nem existiam quando estávamos juntos. Os meus, sumiam. A Carol falava meu nome. Seus pais brigavam. Brigavam por tudo, na verdade. Ela nem entendia porque tanta discussão. Nem eram problemas tão sérios. Nem tanto.

Rápido, Carol completou seis meses, e seus pais brigavam com mais fervor do que antes. Muito mais. Ela chorava. Parece que não gostava de briga. Chorava até passar mal e vomitar. E apanhava por isso. Por isso. Só.

Ela aprendeu a dormir em meus braços, e eu aprendi a ter mais tato, a ser mais confortável a ela. A primavera chegou e as flores desabrocharam para o mundo. Carol sorria para mim. E corria.E caía. E chorava quando eu sumia. Ensinei-a voar. Ela ria, e perdia o ar de tanto rir.
Desculpe a falta de exatidão nos fatos. Minha memória preferiu guardá-las num lugar que eu ainda não consegui achar.

O outono chegou, e as folhas caíam. A Carol não. Já sabia andar se segurando nos móveis. Não precisava mais tanto de mim. Não posso dizer o mesmo. Amava-a.

Desculpe a falta de tato por não ter dito logo que a amava. Eu ainda não sabia o que era isso.

O inverno. Chuva. Doença. Carol já não sorria para mim. Eu me irritava. Não compreendia. Não sabia o que ela tinha, ou o que queria dizer. Ela não falava.
Na sexta de tarde ela passou mal, e foi para o hospital. Um tempo depois, na mesma tarde fria, o telefone tocou. Pneumonia.

À noite,quando as estrelas já tinham desistido de aparecer no céu nublado,e telefone tocou de novo. Carol tinha os dois pulmões comprometidos. Os dois.

Chorei. Nunca fui de orar. Orei. A noite gritava quente. Tremi.

As três da manhã o telefone anunciava o juízo final de uma historia que não tinha passado nem pela primeira vírgula. Em uma semana, Carol completaria o primeiro aniversário. Completaria. Choveu muito. Muito.


A história não deve ter um final triste. Eu sei que não consegui evitar isso, mas só contei a verdade como a vi. Choveu muito naquele dia. Eu já disse isso. Não sinto sua falta, porque sei que ela anda comigo, com os mesmos passinhos tortos de criança. Não sei se a historia é boa ou não. Mas gostaria que soubessem como surgiu “enquanto os carros passam...”, e a quem eu dedico todas as minhas vitórias.

segunda-feira

Aonde Formos(L)


Moravam juntos num prédio de paredes cheias de lodo no centro da cidade. Ela era enfermeira estagiária, e ele...bom, ele era cartunista, e universitário, mas só quando queria. E viviam como um casal. Quase não brigavam. O apartamento tinha um estranho cheiro de pizza, talvez porque era o alimento principal ingerido no local. Não tinham muitos bens materiais, mas eram felizes. A maior diversão que tinham era aos sábados, quando passavam a manhã assistindo a desenhos reprisados e programas de culinária. Ela nem sabia cozinhar, mas prestava atenção a todos os detalhes, até que ele a abraçava e lhe fazia cócegas. Passavam horas brincando disso, até que ela ficava sem ar de tanto rir e fingia estar irritada, só para receber alguns minutos a mais de carinho. Quando não tinham o que fazer, geralmente aos domingos de manhã, desciam as escadas do prédio e iam para o telefone público do outro lado da rua, passar trotes.

Iam para uma praia poluída perto dali e ficavam contando os pássaros, e eram muitos. Eles não tinham bens materiais de real valor, mas eram definitivamente felizes.
Ela ficou grávida. 'Não temos dinheiro, não temos como sustentar alguém novo', ele disse. E quando começasse a estudar?E a alimentação?Ele não tinha como sustentar uma criança, e não queria que ela passasse fome ou tivesse qualquer tipo de necessidade.Não podiam ter aquele filho e pronto!

No primeiro mês de gravidez,ela vomitava muito,e sempre que podia gritava que ele era um inútil e que todos morreriam de fome.Ele sorria nervoso e tentava manter a postura de homem da casa.

No sexto mês aconteceu algo atípico,e eles tiveram a primeira crise séria no relacionamento.Ela estava desproporcionalmente gorda,e ele absurdamente magro.Estava fazendo dois turnos de trabalho puxado todos os dias,e faculdade à noite.Chegava em casa cansado,mas ainda tinha força o bastante para ouví-la em suas intermináveis mudanças de humor. Ele sorria quando ela dizia que sentia a barriga mexer.Ainda conseguia,mesmo com o cansaço, fazer forças extras e projetava nela sensações diversas,numa massagem para agradar ao bebê.

Ele chegou em casa certa noite,mais exausto do que o normal,e a encontrou com as malas arrumadas,o único vestido que ainda lhe cabia cobrindo-lhe a enorme barriga.’Não aguento mais!’ela disse e tentou correr.A criança não lhe dava grandes vantagens.Ele não sabia o que fazer.Não sabia o que pensar.’Siga-a,idiota!’foi o que seu inconsciente lhe disse.Nesse meio tempo ela já havia entrado num táxi.Ele correu o máximo que pôde.Não tinha dinheiro algum para pagar outro táxi.Começou a chover,e as estrelas pararam de piscar no céu.

Já era mais de meia noite quando ela desceu do táxi na rodoviária.Disse ao taxista que ia buscar uma tia que estava chegando,e que então lhe pagaria a viagem.Correu o máximo que ainda conseguia e trancou-se no banheiro sujo e fedido que era usado por quem esperava os ônibus.

As contrações aumentavam como nunca. Ela deitou-se no chão frio do banheiro da rodoviária e sentiu a vida lhe escapar. Podia sentí-lo, mas não podia vê-lo, e isso lhe fazia sentir-se mal. Tinha sido burra. Não devia ter fugido da única pessoa que não lhe achava uma drogada inconsequente. Fugira da única pessoa que reparava como seus cabelos brilhavam ao sol das nove da manhã, e da única pessoa que achava seus olhos castanhos um mistério, não um símbolo de depressão. Ele reescreveu a triste história que a perseguia. Ele amava-a. E ela fugiu. Burrice.

Ele corria na chuva, sentia os pingos de chuva salpicando-lhe a face. Não sabia aonde ir, mas não podia perdê-la para a morte. Não resistiria. Avistou longe um táxi parado em frente à rodoviária. Sorriu. Ela estava ali. Ou próximo. Seu coração batia com tanta violência que parecia querer saltar-lhe pela boca. Passou pelo taxista, que parecia extremamente irritado. Ouviu baixinho uma musica, e sentiu toda a sua vida passando diante dos próprios olhos. “... Quando não estás aqui, sinto falta de mim mesmo, e sinto falta do meu corpo junto ao teu...”Incrível como ela conseguia tratar-lhe daquele jeito e ainda fazer com que sua paixão aumentasse mais e mais.Ouvia um choro baixo no banheiro.Era ela.bateu na porta com toda a força que ainda lhe restava no corpo,mas não conseguiu abrir.E assim bateu na porta várias e várias vezes,enquanto ela gritava com a dor que lhe escapava dos pulmões.

Uma criança chorou. O zelador da rodoviária relatou aos guardas que encontrou o homem desacordado ao lado da porta, com fraturas múltiplas nos braços. Disse também que arrombou a porta ao ouvir choro de criança, e encontrou-a largada ao lado da mãe, que já nem respirava direito.Passaram o resto do mês no hospital,e não puderam ver o quão famosos ficaram.Todos os jornais da cidade noticiavam a comovente historia da criança que nascera no banheiro da rodoviária.

E não ouviram quando um amigo próximo relatou ao repórter do principal jornal da TV."Eles realmente não tinham nada de valor.Não sabiam o que era ser realmente feliz.Agora tem um lindo filho.Encontraram de fato a felicidade!"





sábado

Espero vê-lo Logo

“Espero vê-lo logo!”.


É um bom jeito de terminar uma carta para papai. Todos dizem que ele já vai voltar para casa. Eu não sei. Desde que ele foi embora, no final do ano passado, todos me prometem isso, no entanto, é cada vez mais raro que mamãe deixe que eu vá visitá-lo. Nem sei por quê. É só uma gripe. Gripe. Nem é uma doença tão perigosa assim. Eu sei que não posso correr, porque sinto falta de ar, mas isso não é gripe, é asma. E gripe é mais fraca que a doença que eu tenho. Papai não consegue respirar direito. Ele riu de mim quando levei meu aparelho que ajuda quando sinto falta de ar. Ele disse que não ia resolver o problema dele, mas eu acho que resolve, sim. Ajuda quando eu me sinto mal.

Semana passada eu fugi da escola e fui vê-lo. Ele estava mais pálido e mais magro do que da ultima vez que o tinha visto. Ele riu quando soube o que eu tinha feito, mas disse que um garoto de sete anos não deveria matar aula. Eu disse que fiz isso porque sentia saudades. Pude ver lágrimas escorrendo por seu rosto e desaparecendo atrás da barba, que está mais comprida do que de costume. Não sei o que foi que eu disse. Não acho que uma fuga da escola seja motivos para choro. Acho que ele estava brincando, ou fingindo, para que eu me arrependesse. Não sei. Papai não brinca mais comigo desde que foi para aquele maldito hospital, tratar da tosse. Mamãe disse que é gripe, mas não quer que ele venha para casa, nem fique perto de ninguém da família. Lembro que antes de ir para o hospital, ele tossiu muito, e saiu sangue. Mamãe chorou, mas eu ainda não entendo porquê. Eu caí de bicicleta semana passada,e nem chorei. Não choro mais, já sou velho demais para isso. Hoje todos os parentes de papai vieram nos visitar. Estão aqui em casa. Só que ninguém quis brincar de nada. Estavam muito sérios. Até o tio Louis estava sério. Acho que é o cansaço da viagem. Eu vi mamãe chorando no banheiro, e a vovó passou mal. Não sei o que aconteceu.

Sinto falta do papai.

                                                                                                                                 Espero vê-lo logo.

sexta-feira

Enquanto Os Carros Passam


Eles moravam no interior, desses bem de fim de mundo mesmo. Desses em beira de estrada, que dava de ver os carros passarem a qualquer hora do dia. Ele era um rapaz quieto, calado. Até demais. Ela era moça de pele branquinha, quase transparente. O sol não lhe atacava. Todos os dias sentavam-se na cerca em frente da casa velha de barro onde moravam e ficavam lá, admirando os carros passarem. E às vezes chovia. Eles não saíam. Ficavam às vezes ate os pais dizerem que lhes dariam uma surra se não entrassem naquele exato momento. Eram irmãos. ”o céu é bonito!”, ele exclamava para ela. ”só por causa das estrelas!” ela respondia toda sorridente, sabendo que ele concordava. E admiravam o céu, e as estrelas, que maquiavam o céu todo.
Todos os dias era assim. Passavam horas e horas admirando os carros, e o céu, quando anoitecia.
Até que ela adoeceu. Doença estranha. Doença má. Doença que uma moça bela assim não merecia pegar. Levaram-na ao medico, na cidade grande. Ele acompanhava-a com todo o cuidado do mundo.
Até que não teve jeito. O mundo acabou. Choveu muito naquele dia. Dizem que ele gritou com Deus, e disse que ele não existia, e se existisse não era bom, porque tinha levado seu coração, lhe arrancado a vida sem dotes cirúrgicos, sem anestesia. Gritou que Deus lhe tinha tirado o sentido de viver. Sofreu demais.
O tempo passou. Ele casou, teve filhos, muito bonitos por sinal. Pele branca que nem a dela. Eram dois meninos e uma menina. A menina recebeu o nome dela, uma bela homenagem, diziam os parentes mais próximos.
Mas dizem que, todas as vezes que ele vai visitar a velha casa dos pais, senta na cerca caindo aos pedaços, e fica admirando os carros passarem, e quando anoitece, ele admira as estrelas. E dizem que ele comenta para o nada, ”o céu é bonito!”. E ele responde, sorrindo depois, ”mas só por causa das estrelas...”

quinta-feira

Crônica Machista

Certa semana, há um tempo, cheguei mais tarde em casa, e então a ‘dona certinha’ veio me atender logo na entrada. Estava com a cara toda aflita, como se tivesse visto o cachorro do vizinho ser atropelado.
__Olha, aconteceu uma coisa...
Eu, p* da vida:
__Problema seu.
__É a Carminha, a empregada... Está grávida!
__Problema dela!
__Mas ela diz que o filho é seu!
__Ah, isso é problema MEU, pô!

Ela fez cara feia e foi dormir. Acho que tem que ser assim. O homem da casa tem que se impor, afinal, quem manda somos nós!De manhã ela chegou comigo toda irritada, com uma camisa social branca que eu tinha usado na noite anterior.
__Você reconhece essa camisa?
__Claro, é minha!
__E você pode me responder uma coisa?O que significa essa marca de batom AQUI?!
__Significa simplesmente, querida, que você não lava minhas roupas direito.

Passamos o resto do dia sem trocar um palavrão. Mas tem que ser assim!Pra mostrar quem manda!
Uns dias depois era o aniversário dela, daí ela me disse que queria conhecer um lugar que nunca tinha visitado. Levei-a na cozinha. Brigamos como vira-latas, mas, afinal, ela deve ter entendido quem estava certo e resolveu esquecer o assunto.
Mês passado, estávamos no banheiro tomando banho. Ela ficava se olhando no espelho, e de repente soltou essa:
__Acho que vou por silicones!Meus seios são tão pequenos!
__Que nada, esfrega todo dia papel higiênico entre eles, e já, já você vai ter seios enormes.
__Papel higiênico?
__É.
__E funciona?
__Olha o tamanho que ficou a sua bunda!

O médico disse que com muita fisioterapia e um pouco de sorte, talvez eu volte a andar até o ano que vem. Mas afinal mostrei pra ela quem é que manda... Ela.

Ele e Ela(L)





Ela fazia de tudo, e corria sempre que sentia que algo de diferente estava rolando entre ela e outro alguém. Não que não gostasse de namorar, não, ela até tinha os seus casos. Mas quando sentia que estava ultrapassando os limites do “ficar”, ela logo se apressava em se afastar. Inventava uma briga qualquer, um defeito qualquer, e dava um jeito de negar-se a aceitar o amor. Deixou vários rapazes tristes, desolados, parece que um pegou até depressão, e ela ainda dizia que não estava nem aí. Ela simplesmente se recusava a aceitar um sentimento que lhe levaria a loucura assim.

Sim, porque amar é só para os loucos, não aqueles de frequentar hospício.Talvez até seja. Porque quem ama esquece o passado, vive o presente e sonha a vida no futuro, e sonha em mudar, em crescer, em ter filhos, mas sempre unindo tudo isso pelo sentimento dos ricos de loucura, os que amam. E ela não queria isso. Estava muito bem, obrigada. Não precisava de algo assim. E simplesmente tinha pavor do amor.

Até que o conheceu num dia de sol, quando ia sonolenta no ônibus para o colégio. Ele carregava uma pilha de livros, panfletos, ou seja lá o que for,ela nem reparou.Olhou abobada enquanto ele lutava contra o vento,que lhe açoitava todos os papéis.Ele nem era assim tão bonito,nem era assim tão alto,nem tão forte.Mas ela não conseguia parar de olhar.Ele desceu,e ela,nem sabia porque,desceu também.Sentia vontade de segui-lo eternamente,até o fim do mundo ,até onde nada poderia vê-los.

Parou numa sorveteria, e ela também. Ela então notou que ele encarava-a. Não que não estivesse olhando fixamente para o lugar onde ele estava, mas olhava tão concentrada, tão absorta, que nem reparou que ele também virou para admirá-la.

Ele então perguntou seu nome. Ela gaguejou mais do que pretendia. Sentiu raiva de si mesma por isso. Eles conversaram a manhã inteira. Conversaram sobre a cidade, sobre bandas de rock, sobre o aquecimento global, sobre a crise econômica mundial, sobre os times de futebol do estado, sobre a liga de basquete, conversaram sobre flores, e sobre como elas parecem uma criança de pele macia e toda molhada logo cedo, quando o orvalho cai. Conversaram sobre tudo. Conversaram sobre discos voadores. E conversaram sobre sonhos, e sobre como seus filhos se chamariam, e sobre como seriam inteligentes e teriam bom gosto musical, e conversaram sobre como os sonhos de hoje são corrompidos e sobre como tudo antigamente era mais fácil.Ela sentiu-se extremamente quente e viu que não sairia ilesa do que poderia ser a historia de sua vida.

Ela então o amou como nunca tinha se dado ao trabalho de amar alguém. Não que ele fosse muito bonito, ou forte, ou até mesmo alto. Mas era inteligente. E era leal, e sincero.



E era seu.

As cartas que eu não mando




"Hoje eu consegui ouvir estranhesas sobre o que pensam os néscios do mundo.Acordar definitivamente não é meu forte,ainda mais sabendo que não há nada forte assim que me fará dormir de novo.Percebi mais uma vez,e mais do que nunca,que ainda não sou tão forte assim para lembrar o quanto ela me faz mal.Porém,não sou fraco a ponto de deixar que ela me domine todo,e me amarre,e me jogue em algum lugar onde não possam me encontrar.Talvez até seja.E ainda assim me dizem que isso passa,que vai sarar,que um dia eu poderei respirar sem ter o seu perfume sendo injetado nas minhas narinas e depois em todo meu corpo,afetando até aonde a mente consegue voar,e eu acredito.Quero acreditar.Ainda não houveram guerras fáceis ,sem mortes,nem perdas,nem aquela vontade terrível de xingar o próprio coração,que insiste nesse frenesi de sentir apertos estranhos e doídos.

Talvez eu esteja exagerando,talvez não seja nada tão terrível assim,talvez ate amanhã mesmo eu esqueça que um dia ela me fez ter sono sem sonho,por a mente estar toda ocupada com o pensamento dela corrompendo minha tarde,até de noite.Eu gostaria que fosse diferente,preferia que ela nem tivesse surgido.Seria bem mais fácil esquecer os erros e deixar tudo para trás, mas agora não consigo esquecer nem que amanhã nos veremos de novo, e ficarei feliz de novo, e quando ela for embora, ficarei triste de novo.Parece até meio depressivo,e isso não é normal para mim,não sou assim,não fico assim fácil.

Não tenho vergonha de chorar,mesmo nem choraria por algo assim,alguém assim,mas tenho agora raiva e saudade do que eu poderia ser algum dia,se ela não tivesse aparecido."

quarta-feira

Primeiro contato




Este blog é a forma mais rápida e fácil de enxergar do lado de fora do mundinho sobre o qual andamos,despercebidos de tudo que acontece fora da geladeira.Falará(eu espero) do mais estranho ao mais improvável,tendo como objetivo principal nada além de passar o tempo que você poderia gastar lendo um livro ou fazendo algo mais útil.Mas você não fará nada desse tipo.Portanto,divirta-se,beba chá gelado e ponha o lixo pra fora!


Uma nota descontraída do autor.